Olhe no espelho

Freud fez um questionamento certeiro muito tempo atrás: qual é a sua responsabilidade na desordem da qual se queixa?

Existem situações onde o problema é o que V mostra em seu discurso, alguém, em posição de poder – seja qual for esta – te impedindo de falar quais são suas queixas ou até, as ignoram porque o pior cego é aquele que não quer ver.

Mas também tem as situações onde o problema vem do que Freud diz. Ele se faz presente porque quem precisa se responsabilizar, não o faz. E quem precisa falar, não fala.

Em ambas as hipóteses, vemos algo em comum, palavras podem ser geradoras de mudanças significativas.

Será que você tem se omitido ou estão te omitindo?

É muito importante saber diferenciar se está te faltando oportunidade para falar ou se você não está utilizando as que lhe são oferecidas.

Outra pergunta pertinente de se fazer é: você tem se responsabilizado pela sua parte nas queixas e tentado evoluir ou estão empurrando culpas que não lhe cabem para te silenciar?

Será que nosso silêncio tem sido conivente com quem não quer que outros falem?

Jamais esqueça que palavras tem poder de mudança, de vida e de morte. Claro que elas sozinhas não vão ser sempre suficientes, mas em grande parte do tempo, são enunciação da verdade.

Você tem escutado?
E tem enunciado?

Ana Gabriela

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